Harmonia entre o Corpo e a Mente
Umas vezes por questões de autoestima, outras de “escape” ou simplesmente para “descarregar energias”, mas uma coisa é certa: sentimo-nos mais leves depois do exercício físico, é terapêutico e dá-nos força para enfrentar melhor o dia a dia. Mas afina, o que do que te fez começar a treinar?
Parece que todos temos um motivo válido que nos fez chegar até aqui: “é um hobby”, “o exercício físico é saudável”, “sempre fiz desporto”, etc.
Mas sabemos que maior parte das respostas têm um foco mais relacionado com o nosso mundo interno: umas vezes questões de autoestima, outras de “escape” e até “descarregar energias”. Sentimo-nos mais leves depois do exercício físico. É terapêutico e dá-nos força para enfrentar o que deixámos em casa e no trabalho.
O nosso corpo como único torna-se numa ferramenta para a relação com o outro. Não falamos só do corpo biológico e anatómico, mas é o corpo que é olhado, o corpo relacional. Esta premissa é um dos motivos que nos faz procurar o exercício físico: sentirmo-nos bem não só connosco, mas com os outros.
Quando nos dizem que “difícil é começar”, é verdade. Aceitar que tem de haver mudança nunca foi fácil para o ser humano, mesmo sabendo que é uma mudança para o melhor, mesmo sabendo que depois de irmos treinar saímos revitalizados. Há uma resistência. É difícil porque exige de nós um compromisso e uma responsabilização dos nossos atos.
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Arrastamos, às vezes durante anos, um sentimento de tristeza, vazio ou ansiedade e dizemos só que “hoje não me apetece ir treinar”. Mal nós sabemos que é na harmonia do nosso corpo e da nossa mente que está a felicidade. Nunca a frase “corpo são, mente sã” fez tanto sentido. Não podemos esperar sentirmo-nos bem emocionalmente quando estamos doentes, lesionados ou até cansados. Da mesma forma, o nosso corpo pode reagir ao nosso mal-estar psicológico através dores de cabeça, falta de ar, taquicardia, tremores e tantas outras formas. A exposição e a elaboração da nossa parte emocional terão resultados positivos ao nível físico: o corpo adquire uma maior liberdade e há uma diminuição ou até um desaparecimento do que nos bloqueou durante tanto tempo. Torna-se um corpo funcional.
O equilíbrio deve ser o nosso foco. Devemos parar, pensar e começar a ouvir a nossa mente e o nosso corpo. Dois indicadores que nos vão dizer o que precisamos, como agir e até quando devemos pedir ajuda. É desta forma que aprendemos a cuidar de nós.
Inês Barreira,
Psicóloga